segunda-feira, agosto 29, 2005

Os milhões dos incêndios!

Passo a transcrever do Diário Digital de ontem:

AS HORAS MAIS CARAS DE SEMPRE

As horas de voo contratadas pelo Governo aos meios aéreos de combate incêndios já foram esgotadas, pelo que os 24 milhões de euros do orçamento são neste momento insuficientes. Trata-se da factura mais cara de sempre. Todos os dias o Estado tem de gastar mais de 266 mil euros nos contratos com aviões e helicópteros.


Os gastos vão disparar exponencialmente este Verão, estando muito acima dos pagos em anos anteriores, que nunca atingiram sequer os 19 milhões de euros.

As contas aos gastos do Governo com o combate aos incêndios só em meios aéreos foram feitas pelo Jornal de Notícias, que explica em artigo como está a ser usado o dinheiro público.

Manter no ar os 47 meios aéreos alugados pelo Governo para o combate a fogos florestais custa, em média, mais de 266 mil euros por dia, conta aquele jornal. Este valor não inclui as despesas dos dois helicópteros alugados a longo prazo (por três anos, que terminam em 2006) e que peca por defeito, já que o valor estimado inicialmente sobe à medida que vão sendo feitas horas extraordinárias.

Apesar de estarem orçamentados cerca de 24 milhões de euros para meios aéreos, esse valor será seguramente ultrapassado porque, como explica Ilídio Rodrigues, assessor de Aeronáutica do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, o número de horas de voo postas a concurso já foi excedido.

Os contratos de meios aéreos jogam com a combinação de duas premissas - a disponibilidade por um período pré-definido, que, na generalidade das aeronaves, é de 90 dias - e a realização de um determinado pacote de horas. No caso, se um concurso prevê a contratação de seis aviões ligeiros, por exemplo, interessa a soma de horas, independentemente de cada um fazer menos ou mais.

Caso o pacote seja excedido, além do preço ajustado, passa a ser aplicável a cobrança de um valor extra por cada hora de voo - que, segundo as cláusulas dos concursos, não pode nunca exceder os 60% do custo horário do contrato-base. Isto porque, já que têm de ter disponibilidade permanente, as empresas vão tendo menos gastos à medida que aumentam as horas operadas.

A única excepção vai para os dois Canadair contratados, explica o JN, já que, neste caso, o Estado paga um preço apenas pela garantia de disponibilidade e, a partir daí, um valor fixo por hora de voo, independentemente do total que venha a ser contabilizado no final do Verão.





sábado, agosto 27, 2005

A gloriosa caminhada

Já a Académica havia demonstrado superioridade, no jogo anterior.
Hoje, foi, naturalmente, a vez de o Gil Vicente mostrar uma inevitável superioridade sobre o V&V da PT.
Volto a escrever: não será altura de apresentar a desistência da Liga dos Campeões?
Olha o descalabro que aí vem!!!

Repararam com o o árbitro arranjou um penalty fantasma a favor do V&V?

Afinal, o rei vai mesmo nu!

Finalmente a PJ e o Fogo

Diz a notícia que a PJ ataca incendiários.
Mas será que todos?

sexta-feira, agosto 26, 2005

O pequeno almoço do senhor Costa

Vi hoje o senhor Costa a tomar um pequeno almoço, popular, no seio dos bombeiros que vieram dos Açores em socorro da irmandade c0ntinental.
O senhor Costa aparentava um ar de serviço.
Estou mais descansado - o país tem um governo que não pára e o PS está unido!!!

quinta-feira, agosto 25, 2005

O fim de um bom negócio?

Agora que foi anunciada a introdução dos - finalmente - 'meios aéreos nacionais', presume-se que em 2006, há quem diga que o grande negócio do ar com os incêndios em Portugal vai ter o seu epílogo.

As populações portuguesas moradoras em zona de risco poderão, enfim, descansar e voltar a afrontar os níveis incendiários considerados normais, aqueles que são produzidos pela meia dúzia de pirómanos nacionais e a típica falta de cuidados na conservação e prevenção.

Fiquei a saber hoje através das palavras de um senhor secretário de estado que somos o único país do Sul da Europa que não tem uma frota aérea especial para combate aos incêndios.

Imaginem a cara dos responsáveis europeus para os quais os incêndios são, num plano não-criminoso, matéria com que não se preocupam excessivamente, por terem a funcionar os meios e a prevenção o ano inteiro, quando tiveram conhecimento de uma proposta do senhor Costa relativamente à construção de um avião europeu de dimensões imponentes, para combate dos incêndios na Europa.
Por acaso esta proposta chega de Portugal, um território que é, no momento presente, uma nódoa negra de tão queimado, e no qual os incêndios, nos próximos tempos, vão, (esperamos!) felizmente, passar a ser uma raridade!

Pode ser que a criatividade portuguesa produza outros negócios, talvez, não tão rentáveis!!

Quanto aos responsáveis - nem uma palavra!
Quanto ao mal que vem do passado próximo, o que não foi feito e deveria ter sido através de actores políticos de boa saúde, presentes e ausentes nesta fase de crise - sejam eles quem forem - nada!

"Esquece quem és, esquece o passado e não serás nada!




Um sorriso pela OTA!

Com o objectivo de evitar escrever algo acerca da inexplicável actuação do senhor Presidente da República, no dia de hoje, fazendo um qualquer inexplicável apelo com o objectivo de debater qualquer coisa relacionado com um fogo e com um país que somente na sua cabeça existirão, e que não será Portugal, com toda a certeza, passo a postar umas notas que me enviaram e que servirão, no mínimo, para esboçar mais um paciente sorriso.
Aqui vão as notas, na forma como chegaram à caixa de correio:

"Uma história de 2 aeroportos:

Áreas:
- Aeroporto de Málaga: 320 hectares;
- Aeroporto de Lisboa: 520 hectares.

Pistas:
- Aeroporto de Málaga: 1 pista;
- Aeroporto de Lisboa: 2 pistas.

Tráfego (2004):
- Aeroporto de Málaga: 12 milhões de passageiros, taxa de crescimento, 7% a 8%ao ano.
- Aeroporto de Lisboa: 10,7 milhões de passageiros, taxa de crescimento 4,5% ao ano.

Soluções para o aumento de capacidade:
Málaga:
- 1 novo terminal, investimento de 191 milhões de euros, capacidade 20 milhões de passageiros/ano. O aeroporto continua a 8 Km da cidade e continua a ter uma só pista.
Lisboa:
- 1 novo aeroporto, 3.000 a 5.000 milhões de euros, solução faraónica a 40Km da cidade.

"É o que dá sermos ricos com o dinheiro dos outros e pobres com o próprio espírito."
E entretanto vão-nos aumentando os impostos directos, indirectos, taxas, combustíveis, etc., etc., etc..

domingo, agosto 21, 2005

O Inferno! Procuram-se: responsáveis.










Foto Diário Digital

O Inferno do terrorismo incendiário, em Portugal!

O Governo fala em iniciar os movimentos de prevenção depois da época dos incêndios ou depois do Verão, que é a mesma coisa: não deverá passar de mais um disparate, ou de mais uma mentira (porque, até hoje, todos os Governos, especialmente de há 3 ou 4 anos para cá, dizem a mesma coisa e fazem zero e é politicamente correcto dizê-lo e não fazê-lo, etc.).
Diz o 'primeiro': "Portugal não se pode resignar a esta tragédia anual".
Esta é a frase que, circunstancialmente, qualquer cidadão pode proferir. Entretanto, e quem a profere é alguém que tem o dever institucional de ser concreto em medidas de salvaguarda do património nacional, porque para isso se comprometeu quando tomou de facto o lugar, em cerimónia de características centrais.

A questão que se põe, pelo ridículo e pelo drama é:
- Quem está a ganhar com os incêndios assassinos em Portugal?
- Ou existem telhados de vidro e ninguém parece poder mexer-se?
- E o jornalismo de investigação: para quando?

Alguém acredita apenas em que condições meteorológicas severas ou tradicionais descuidos dos portugueses, em geral, possa levar a um estado de catástrofe como o que se vive hoje em Portugal?

O crime hediondo que se está a cometer em Portugal tem um nome: terrorismo!

Porque se esconde o que parece estar à vista de todos?
As estatísticas, no que concerne à massa territorial ardida comparativamente com os outros parceiros da UE,
não mentem: somos a anormalidade. Repito que o acaso não provoca esta quantidade desmesurada de incêndios, nem, tão pouco, os factores naturais. Impossível!
As condições de seca foram e são muito graves para Portugal, mas outros países (vizinhos!?) também comeram desse pão! E os resultados? Afinal, até parecem ser os nossos competentes fogos que invadem a vizinha Galiza!

Este é o dossier mais negro da história democrática portuguesa, a nódoa que ninguém vai tirar a tantos responsáveis políticos que nunca fizeram aquilo que é o mais desejável e vale mais que tudo na sua condição de responsáveis: ter a capacidade de perceber os contornos naturais, sociais e políticos dos fenómenos com que se confrontam no seu dia a dia, de modo a poderem exercer a capacidade de prever - (
desejavelmente) sempre a tempo e na tentativa de evitar o que se torna, por incúria, inevitável.

Por isso são políticos e não são bombeiros. Os bombeiros sofrem com a incapacidade dos políticos. O bombeiro apaga o fogo, o político prepara o terreno para facilitar a vida ao bombeiro. Isto é a normalidade. As pessoas votam em candidatos para que este sentimento subsista no seu dia a dia.
Em Portugal parece ser o trabalho dos políticos o contrário do que deverá ser a norma: o político está cá para complicar a vida ao bombeiro.

A pergunta seguinte é: e mesmo que existam uns pirómanos espalhados por aí (e não serão poucos) será possível conseguir esta eficiência na produção cirurgica de incêndios?

Naturalmente que não, porque de outro modo estaríamos com as nossas contas externas de muito boa saúde. Exportaríamos, decerto, especialistas incendiários em doses maciças para estranhos locais onde se perpetra o terror. Assim, resta-nos a certeza de que algo de excessivamente escuro deverá estar a passar-se na anormalidade chamada Portugal.

Há menos de uma semana chegou um pedido de ajuda à Europa, como se toda a gente tivesse sido apanhada pela surpresa!
Incrível o facto de só agora se haver chegado a este magnânimo pedido. Alguma vez o senhor Costa (ou mesmo o senhor Sócrates, lá do seu estatuto de viajeiro, em alturas de crise
) esperavam poder controlar algo desta imprópria situação até ao final das vindimas?
Ao mesmo tempo avançam uns soldados com uns ramos de árvores, já partidos, em direcção ao fogo, esse Adamastor dos anos actuais. Até a própria GNR tem ordens para avançar na ajuda a alguns aflitos!
Não será incrível e verdadeiramente estranho só ter acontecido agora?

Estou a lembrar-me daquele secretário de estado que na Assembleia da República falou que não havia dinheiro para colocar guardas florestais, em número de 1000, nas zonas críticas e que só havia sido disponibilizado gente em número de 30, por magreza orçamental! E lançou esta indicação com um ar de quem havia feito o seu trabalho de forma zelosa, o que até nem se discute! Discute-se é a atitude política.

O Presidente Regional dos Açores manda avançar alguns bombeiros, por meia dúzia de dias em comissão, e crítica as corporações de bombeiros continentais por não avançarem na ajuda aos colegas de outros concelhos em dificuldade!
Demagogia, agora por via marítima.
Como se não estivesse toda a gente à espera de mais ataques, até mesmo nos locais onde habitualmente acontecem, e por razões de origem sobrenatural, não aconteceram - talvez milagre para uns e castigo de Deus para outros. Fartai, vilanagem!

O senhor Sampaio, refeito dos concertos de Verão, não deveria ter uma palavra a dizer? Uma acção decisiva, quiçá, exemplar? Mas parece que não. O senhor Sampaio está, como eu, apenas muito solidário com os aflitos das fogueiras nacionais. E, o que se torna mais kafkiano, reúne-se com os responsáveis pelos bombeiros, em encontros destinados a procurar saber não se sabe o quê e para resolver o quê!

Um país assim teria hoje as condições necessárias para se enquadrar numa moldura europeia de unidade política e económica? De esperança de ontem qual será o nosso estatuto de hoje por parte de quem nos vai observando e decepcionando amiúde com as nossas debilidades intrínsecas?

Até os bombeiros profissionais franceses interrompem as férias porque se dizem agoniados com as imagens que diariamente vêem passar nas estações de TV, incrédulos com o massacre a que está a ser sujeito Portugal.
Dramático, patético e tão básico que mete dó!

A quem é que interessa este inferno?




sábado, agosto 20, 2005

Tss tss tss... !!

Como já era esperado a Académica mostrou-se superior ao V&V da PT.
Claro que o nível de jogo é o habitual em Portugal - murchinho, murchinho, ao nível da divisão secundária do país vizinho, diria.

A jogar assim o V&V tem o meio da tabela mais que assegurado - com alguma dificuldade, claro.

Não seria possível a desistência precoce da Liga dos Campeões?

Força V&V - o país está deslumbrado com a exibição!

Oh, senhor Tomás!

Assistir à implementação do discurso do senhor secretário de estado sobre os clubes de futebol, os seus dirigentes e o... fisco, representaria a possibilidade de a chuva voltar a cair mais depressa em solo português.




Silêncio de Verão!










Foto: P A


Farto-me de olhar o horizonte e nada de Milhafre à vista!
Nem Milhafre, nem Corvus Corax, tão pouco o Pilrito... tss, tss, tss...

Venham para casa antes que a chuva (e que seja muita!) volte a cair.
O Papa espera por vós.

sexta-feira, agosto 19, 2005

Para parvos - 2!

Começa a época e é inevitável que os heróis não são os jogadores.
Em Portugal - esqueçam! - os nomes dos dirigentes é que fazem vender jornais. Nem mais!

Agora, e na continuação da dança noticiosa, surge o 'circo do Major Valentinho' com um contrato de patrocínio, na Liga Profissional de Futebol, polémico quanto baste.

Mas o indivíduo, como alto cérebro para estas coisas de futebol, porque de política não há quem o bata, apareceu na TV, com o seu ar de quem entende deste assunto e dizendo mais ou menos qualquer coisa como isto: "... bem, vocês sabem que a lei é uma coisa subjectiva. Se ela fosse fácil de compreender não haveria problemas, estava tudo resolvido. Cada jurista tem uma ideia sobre a dita, e daí...pa ta ti pa ta ta, etc.". Que é como quem diz: os advogados só existem porque as leis têm todas muitas vertentes, por isso só os pensadores e os espertos conseguem sobreviver!

E ainda estamos a 24 horas do primeiro jogo!

Para parvos!

Como é possível a encenação do jogador Miguel, no Sindicato de Jogadores?

Então o contrato com Valência é a tal situação exemplar anunciada por um dos V's do V&V da PT do Fonte Nova?

Se ao jogador não era dada razão como surge o mesmo agora no Valência, numa transferência tão normal como a que se apresenta aos olhos do público?

Não estaria consignada numa das cláusulas da transferência (presumo que desejada pelos V&V's!) o aparecimento público de Miguel a ler um papel escrito por advogado (que não por nenhum dos V's - não possuem aquele tipo de discurso) do seu ex-clube, tentando pateticamente salvar com esse gesto a pele dos desastrosos dirigentes do V&V da PT do Fonte Nova?

Presumo, também, que ao jogador Miguel foi garantida a sua razão no processo por parte dos tais 'artistas' que queriam ganhar dinheiro com ele.
De outro modo arriscava-se a não jogar durante um elevado período de tempo, e, num ano que vai terminar num campeonato do mundo, só um louco - aqui a inteligência e os princípios não contam - se arriscaria ao suicídio profissional.

Os 'artistas' ganharam o dinheiro que quiseram, o Miguel fez o que quis e os V&V's continuam o circo que iniciaram há um tempo, até agora, com sucesso - dizem!

As cenas dos capítulos mais quentes virão naturalmente a seguir, com os jogos.

Teatro para parvos - o habitual no 'red world'!

domingo, agosto 14, 2005

A dúvida do pasarinho!



















Momento marcante na vida do senhor presidente Sampaio!
Foto Lusa

Alguém me explica - concretamente - o que significa 'ajudar África', no caso presente?

A falência do sistema partidário português

A indignação de Clara Ferreira Alves na Cartilha, assim como a suposta indignação dos portugueses, indicia o que designo por falência do sistema partidário português.
Do discurso da cronista sobressai a incapacidade e o descrédito.

Ao fim de tantos anos de democracia (embora alguns, politicamente correctos, afirmem que o tempo ainda não é suficiente) o que se deveria estar a vislumbrar como algo de positivo para o país assume contornos de falência política por parte dos vários agentes partidários e dos próprios partidos.

Poderá esta evidência vir a ser desmentida no futuro próximo?

Agora por isso: alguém sabe se o senhor Presidente da República conseguiu os bilhetes para o concerto dos U2?

quinta-feira, agosto 11, 2005

Oh, senhor Costa! (em directo)

Em directo, o senhor Costa, continua sem falar em 'prevenção'. Diz que a responsabilidade é dele.

Fala em comparar. Fala em 'fase alta'. Fala em antecipação. Dos meios para conter. Não fala em prevenção.

Fala em 'seca'. Fala que já se sabia que isto ia acontecer. E que é terrível. Mas é um drama. Mas não pode chamar nomes a ninguém.

Fala em suficiência de meios. Fala em situações de carência. Diz que se fosse carente, rezaria todos os dias para ter meios suficientes.
Diz que os incêndios começaram em Janeiro. Fala em ignições. Parece um técnico especializado.

Ensina como se deve ler o que está escrito na Lei sobre 'calamidade pública'. Sinto-me com falta de forças. Tenho a certeza de que não vamos lá.

É político profissional. Não tem hipóteses de saída. Está preso na sua condição partidária.
É um democrata em Portugal. Como os seus antecessores, tem um grave problema na construção em grupo em prol do interesse comum. E porquê? Por uma razão simples: não pode queimar nomes de pessoas que estiveram a governar durante muitos anos e que nada fizeram, tendo em conta o terrível problema que nos últimos 4 anos se abateu sobre o país.

Daí o problema do regime português: não existe responsabilidade no passado democrático português.

Está a falar há um tempo enorme e falou uma única vez (2 segundos) nas medidas preventivas ao nível da sivicultura e florestas; nem os deputados que o enfrentam falam nisso - pelo que suponho que continua a não ser urgente tratar desses assuntos.

É um prisioneiro dos acontecimentos. E nós.

Os menos produtivos têm mais férias!

Imaginavam que seria assim? Claro que sim, digo eu. A não perder esta notícia.

Aliás, é um facto que assenta que nem uma luva a este povo à beira-mar plantado. Os governantes portugueses têm terror de perder o emprego. Daí a falta de medidas 'normais' para 'gente normal' que, com muita 'lata', deseja comer à mesa dos ricos do resto do mundo.

Qualquer governo português devia implementar o 'jogo obrigatório', todas as semanas, no Euromilhões. O dinheiro dos diversos prémios - a sorte é naturalmente portuguesa, porque Deus é português, na Europa, e na América é. como sabemos, brasileiro -, reverteria para financiar as contas públicas.

Com uma quotização repartida por todos os habitantes deste país (os pobres, porque os ricos não jogam - a não ser o major Valentinho -) as nossas possibilidades poderiam subir em flecha e arriscávamo-nos a ser ricos, 'à conta' da sorte e das hipóteses matemáticas!
Se alguém ainda trabalha, podia dedicar-se a não pensar em mexer-se mais.

Penso, sinceramente, que seria uma alegria ver os portugueses e portuguesas agarradas ao monitor de TV a assistir, gritando histericamente, ao sorteio semanal. Era uma causa nacional, toda a gente sentia que estava aprestar um serviço ao país e a felicidade poderia voltar ao território, queimado de tanto pensar por parte dos responsáveis.


O passarinho não acredita!!!

Vale a pena atentar nos dados contidos nesta notícia de hoje no DN.

É sintomático de tudo o que se vai passando em Portugal.


quarta-feira, agosto 10, 2005

O V&V da PT do Fonte Nova ataca de novo!

Depois da excelente actuação no caso do ponta de lança Tomasson, que depois de ser aconselhado a vir jogar para o V&V da PT do Fonte Nova por Rui Costa acabou na Alemanha do Trapa de Álvaro Magalhães, eis que a dupla maravilha ataca de novo e na Holanda.

De repente, os órgãos de comunicação concluem que os eficazes dirigentes do V&V da PT do Fonte Nova vão no encalço do melhor número 10 do futebol europeu, que por sinal é da Costa do Marfim e que ninguém conhece em Portugal (falta de notícias e incompetência dos jornais e TVs portugueses) - daqueles imprescindíveis para levar o V&V a campeão europeu - o tal de Kalou!

Aí e quando já se ouviam as botas do dito a subir as escadas da fama no estádio com nome de uma marca ainda desconhecida (Licor Beirão?), eis que o clube a que o tal K está ligado por contrato dispara na direcção do V&V da PT do Fonte Nova e fala-se em queixa na FIFA por falsificação de assinatura de K num contrato que uns ingleses, desconhecidos, dizem deter.

Moral da história: o V&V da PT do Fonte Nova é o maior em Portugal e na Europa e promete não parar nesta saga de abandalhar o futebol mundial e levar bem alto o bom nome do V&V da PT do Fonte Nova - mesmo que a FIFA tussa, como dizia o profeta da rádio!

Imaginem que o Papa Amoras não é adepto de qualquer clube da concorrência.
É apenas ex-sócio do SLB,
dos tempos em que 120 mil pessoas viam futebol no finado Estádio da Luz,
dos muitos que sairam quando o clube pretensamente passou a ser um grande investimento na construção e nas gasolineiras,
e que chegou a campeão europeu por duas vezes, com jogadores desconhecidos, tal como o FCP de Mourinho, tornando-os invejados por todo o mundo futebolistico da altura,
clube em estado de coma profundo e, portanto,
em inactividade forçada desde o advento dos grandes empresários e das SADs da moda em Portugal.

Daí: politicamente incorrecto!




sábado, agosto 06, 2005

Patético, senhor Costa

Sem palavras a conferência de imprensa dada pelo senhor Ministro Costa, acerca do 'fogueiral' que vai dando cor ao que resta de um território, lindo, que um dia sonhou vir a ser um país!

Louvando os bombeiros, adiantando que as nossas casas são sempre as mais importantes, quando se trata de salvar bens, dizendo, sem convicção, que 'venceremos' (?), e tentando manter uma postura de 'general em guerra', perfeitamente ridícula, assim esteve, do meu ponto de vista, o responsável actual pela Administração.

Não falou em responsabilidades e acha que o que se passa em Portugal é obra de um qualquer 'deus do tempo' que não gosta de Portugal.

Agora, três anos depois de enormes desgraças, fala-se em comprar uma frota de meios aéreos para combater a nova indústria portuguesa: o fogo. Dinheiro não vai faltar, porque estes meios são estupidamente caros, diz o senhor adjunto.

O senhor Secretário de Estado anunciou que os fogos em Portugal passam a ser todo o ano, por deliberação governamental - suponho!

Oh, senhor ministro, sabia que Portugal é a primeira democracia mundial com capacidade de exportação na área dos 'fogos'?

Nem dá para rir, porque o tempo é de luto!

quinta-feira, agosto 04, 2005

Lembram-se?

Alguém se lembra de ouvir dizer ou de ler algo acerca de quedas de 'arribas' sobre pesoas que andam a tirar fotos turísticas, pessoas essas que por acaso resolveram escolher para férias um país europeu com índices de segurança aceitáveis no que diz respeito ao seu território?

Decerto que as 'arribas' podem cair em qualquer lado, mas sempre que existe perigo tomam-se medidas para que não aconteça nada de trágico.

Leiam a notícia sobre o que se passou há uns dias em Peniche e atentem nas declarações de responsáveis sobre as situações de segurança na zona!

Depois delas acontecerem... mãos à obra! Nem esta postura conseguimos modificar em 2005!

Este Verão estamos perante um record de pontuação negativa!
E ainda há quem diga que se trata de azar!

O pior sucedeu










Foto Diário Digital

Temia que isto acontecesse.
Quando sacudi algumas frases sobre o inconcebível dos incêndios em Portugal alvitrando as tais responsabilidades governamentais (sejam elas quais forem), pensava já não assistir à vergonha do dia de hoje.

Estou triste, estou revoltado, e pegando nas palavras que JPP escreveu sobre o estado da nação, da sua incapacidade governativa, da falência de um sistema que os portugueses teimam em não saber usar a seu favor (digo eu), não sei se é chegada a hora de mais qualquer coisa.
O tempo está a chegar ao fim. As contas ainda poderão ser feitas, um dia, e nessa altura vai haver gente que não vai perceber o que se passou!

Estou muito triste, e estou muito triste comigo mesmo, aqui, escrevendo, quando poderia e deveria procurar, cara na cara, os agentes que têm enriquecido à conta da pouca exigência dos clientes eleitorais, qual vingador dos azarados portugueses que vivem nos verões democráticos sempre com o Diabo à porta.
Estarão porventura de férias nesta altura, enquanto o país vai acabando, devagarzinho, sempre de forma regular e brutal, pasto de energúmenos tão culpados como os que têm fugido às responsabilidades nos últimos anos, e são muitos, no território que pisamos ainda não calcinado pelas chamas mais disparatadas e assassinas da Europa, pelo menos.

Já agora, penso que o senhor Presidente da República, sempre solidário nestas ocasiões, como sempre foi o seu timbre, deveria ter deixado de lado umas medalhas para quem tão bem não tem servido Portugal.

festival do aTraso MeNtal!



Começa hoje a edição anual 2005 do festival do Sudoeste. Por mera curiosidade, visitei o site da TMN, mais propriamente a secção dedicada ao FESTIVAL, de modo a perceber de uma vez por todas qual é o cartaz definitivo. Ao entrar na página arrepiou-se-me a espinha e congelou-se-me o cérebro… Pura e simplesmente não queria acreditar! A TMN resolveu brindar os visitantes da página dedicada ao agora chamado Festival Sudoeste TMN (qual prostituta, se vai vendendo a todas as operadoras móveis do país) com uma animação 2D razoável acompanhada pelo pior áudio de que alguém, alguma vez, se podia ter lembrado; refiro-me àquela estupidez do “Ó EEEEEEEELSA!”. O requinte de malvadez vai ao ponto de cada vez que se clica numa opção do site, uma voz diferente grita: “Ó EEEEEEEELSA” e mais, tem uma pequena colecção de vídeos a contar uma suposta história sobre a origem deste chamamento que ficou tão popular no Verão de 1998!

E é ai que a coisa fica triste… E ridícula! Para quem não se recorda, no Verão de 1998, no mesmo festival do Sudoeste (na altura patrocinado pela Antena 3 ou algo assim, antes de estar na moda a prostituição às operadoras moveis e apenas se girava em torno das máfias da rádio) uma incauta qualquer, provavelmente entupida de vinho barato e charros na cabeça, lembrou-se de se perder da amiga (há sempre umas pitas freaks nos festivais, que vão aos parzinhos, fumar umas ganzas, beber até à loucura e vomitar nos sítios mais impróprios) e às tantas da manhã andou pelo meio das tendas aos gritos, chamando sofregamente pela sua amiga Elsa. É natural que nesse ano, qualquer pretexto fosse bom (e lembro-me do caótico e vergonhoso ultimo dia da EXPO98) para que alguém gritasse esse código da irmandade festivaleira em sítios com muita gente e alguém, num outro extremo respondesse com o mesmo grito, até que este se generalizasse pela multidão… Irritante, mas giro (mais irritante ainda porque a maior parte dos aderentes não esteve lá nem sabe do que se trata, mas é sempre fixe gritar qualquer coisa e fazer parte do rebanho). Segundo as teorias da filogenética tais necessidades de comunicar através de códigos básicos e fazer parte de um grupo remontam à origem do Homem e até ai tudo bem. Durante um Verão aguenta-se e como já referi, apesar de irritante, é giro. Ok.

O que não é giro é, sete anos depois, o atraso mental por parte da TMN em trazer de volta esse incidente do “Ó EEEEEEEELSA” e basear nele a estratégia de marketing para o Sudoeste 2005! Não só o site do festival é insuportável com as colunas ligadas (mesmo colocando o som em modo off continuam a ouvir-se os gritos da Elsa), como penso que transparece uma grave falta de ideias e dinamismo em relação a este festival que, até há bem pouco tempo, era na minha opinião o melhor festival de Verão do nosso país. O cartaz também o revela, sendo um dos mais fracos que já vi num Sudoeste.

Não querendo ferir ninguém (muito menos aqueles a que vulgar e erradamente o povo chama de atrasados mentais, que não têm nada a ver com este assunto e merecem todo o meu respeito), quer-me parecer que a TMN entrou no facilitismo de considerar as massas aderentes aos festivais de Verão uma cambada de aTrasados MeNtais que se ludibriam e se arrastam de qualquer maneira, descurando qualquer espécie de esforço ao nível da inovação e desenvolvimento daquele que é um dos eventos musicais mais importantes do Verão em Portugal.

No entanto vamos ver o que pensam as pessoas. Até pode ser que eu esteja enganado e que o Atraso Mental seja mesmo o que elas procuram e para mal dos meu pecados tenha de andar até Outubro a levar com uns tipos de vez em quando a gritar em qualquer lado: Ó EEEEEEEELSA…

Heresia?

O que quererá dizer o senhor PT com o termo heresia no caso do hipotético financiamento à fraternidade política brasileira?

O passarinho aprende...

O objecto principal da política é criar a amizade entre membros da cidade
Aristóteles



A dúvida do passarinho

Porque 'diabo' anda a PT envolvida em escândalos internacionais que não lhe trazem nada de bom ao nome e, consequentemente, a Portugal?

É que até apetece perguntar porque salva ela, a mesma PT, o 'futebolzinho nacional' realizando megalómanos contratos de sponsorização aos 3 principais clubes indígenas?

O que dirão os parceiros europeus? Não dará um bocado nas vistas?

quarta-feira, agosto 03, 2005

Saudade do Pilrito!
















Chop Suey, Edward Hopper

Com saudades do Pilrito - agora de cuidados com um Pilritinho acabadinho de chegar -, e como a vida sem imagens não é mais fácil, aqui vai uma, por mor de um rápido regresso às lides.


IP-5 e a classificação

Não me parece correcta a má classificação que vem expressa na imprensa de hoje.
Embora os números sejam trágicos e incompreensíveis, estimo que, se houver civismo na condução, se houver uma imprescindível condução defensiva (por todas as razões e especialmente pelas de cariz humano) e se as regras forem cumpridas, é possível passar pela IP-5 sem qualquer problema.
Não discuto a falta de jeito que Portugal possui na feitura de estradas: esse é um problema nacional ancestral, outro problema que não este.
O que está em causa é que os ingleses desta vez - espalharam-se!
Esqueceram-se de que somos portugueses!


Leituras V

A propósito do novo presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos, Carlos Santos Ferreira, recomendo a leitura deste post, algo conspirativo, mas factual de Paulo Gorjão.

Em vias de extinção

José Sócrates autorizou, em pleno Verão e pouco tempo antes de ir de férias para o Quénia de férias, a dança de cadeiras há muito esperada nos conselhos de administração das diversas empresas públicas ou participadas pelo Estado.
O "seguidista" Fernando Teixeira Santos não desiludiu o "chefe" e na sua primeira grande medida demitiu a administração da Caixa Geral de Depósitos liderada pelo social-democrata Vítor Martins, eliminou dois membros do Conselho e promoveu o caixa de balcão Armando Vara, amigo pessoal de sempre do "chefe" Sócrates, a administrador. Esperemos que Vara não se lembre de criar outra fundação...
Almerindo Marques, pessoa que José Sócrates literalmente detesta, também tem os dias contados. Nomeado por Morais Sarmento, fez um excelente trabalho a pôr as contas em ordem na RTP, promoveu mudanças culturais naquela empresa pública julgadas utópicas e deu liberdade de facto à redacção da RTP. Mas este tipo de "pormenores" não o vai salvar. Almerindo vai ser posto na rua. Assim como o "laranjinha" Gonçalo Reis.
Resta saber quem vai substitui-lo. Não acredito que seja Emídio Rangel.

Em vias de extinção - parte 2

E, finalmente, e para já, a monopolista e desejada Portugal Telecom. O problema já teria sido resolvido se Fernando Teixeira Santos não tivesse sido vetado pelos accionistas privados. Foi e seguiu caminho para o Ministério das Finanças.
Assim sendo, o nome do prodígio Zeinal Bava acaba por emergir como o candidato natural. Bem visto pelos accionistas privados, com boas relações com o PS, Bava será o candidato da continuidade, mas, ao mesmo tempo, um candidato jovem, especialista financeiro, capaz de dinamizar a equipa da PT.
Quando Sócrates regressar com fotografias da savana africana, já todos estes "pequenos" problemas estarão resolvidos. As perguntas dos jornalistas já terão sido esquecidas, mas a credibilidade do Governo de José Sócrates, essa estará como os elefantes em certas zonas africanas: em vias de extinção.