quinta-feira, março 06, 2014

O fraco papel da Informação na manifestação

O papel é informar.

Mas o que se viu e ouviu foram repórteres 'histéricos' à espera de problemas de modo a que a sua carreira saia, quiçá, valorizada. A forma de descrever os factos, aos 'gritos', rematando frases que incluiam 'barril de pólvora', pedidos de declarações dizendo que 'não filmavam as caras', desde as mantas para incêndios até à expectativa 'babosa' de que os confrontos sejam facto, deixa o espectador de cabelos em pé, porque as imagens, por muito expectativa que levantem, diziam o contrário.

EXcelente actuação das Forças de Intervenção. Afinal: são todos parte do mesmo sector: forças de segurança pública e paga pelos portugueses.

Dizia uma repórter, ' o ambiente está inflamado, ao centro da escadaria'.  5 segundos depois, 'Nesta altura, o ambiente acalmou.' Uma voz, supostamente de um polícia diz agora, 'somos todos polícias, está tudo controlado', repete com voz definitivamente calma.

Histerismo numa reportagem destas é o pior serviço que se pode dar aos espectadores. Nem se viu ou ouviu nada disto nos acotecimentos que se mantêm na Ucrânia e que deixam a Europa e o mundo em suspenso. Tínhamos que ser  nós, em Portugal, a fazer da manifestação da polícia um incrível acontecimento mundial!

Uma pérola de reportagem: '(...) acabou de terminar a reunião com Conceição Esteves (...)'. Diz tudo!

Sem comentários: